© FERNANDO KASKAIS
Há rostos sem marca, votados ao anonimato, não são nem belos nem feios, mas atravessados pela ausência, como o desta mulher, uma silhueta frágil, que usa o avental como um emblema. Uma mulher discreta, poupada, pessoa de hábitos. E como escapar a isso, esta parte da cidade cria hábitos, é a condição essencial para lá viver e dormir descansada. E assim, ela atravessa a praça como se atravessasse a sua sala de estar. O fotógrafo é um mero intruso.
